quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Os Meus 10 Melhores Filmes de 2010

Aqui vai a lista dos 10 filmes que mais gostei no ano de 2010. Deixe seu comentário sobre quais você assistiu, quais quer assistir, o que achou deles, em fim. Aproveite e deixe nos comentários a sua lista também de 10 melhores.

Lista:

  1. Inception (A Origem)
  2. The Social Network (A Rede Social) 
  3. Toy Story 3
  4. Shutter Island (A Ilha do Medo)
  5. Harry Potter and the Deathly Hallows: Part 1
  6. Iron Man 2 (Homem de Ferro 2)
  7. Onde Vivem os Monstros
  8. Due Date (Um Parto de Viagem)
  9. Grown Ups (Gente Grande)
  10. The Book of Eli (O Livro de Eli)

sábado, 9 de outubro de 2010

Gente Grande (Grown Ups)

grown-ups-movie-poster-1020538943Após a morte do técnico de basquete, cinco amigos se reúnem muitos anos depois em prol de reviverem os momentos de amizade e seus anos de jogadores no colégio. Todos obviamente mudados, porém nos mostram que o tempo passa, constituímos famílias e as obrigações e afazeres tomam conta da nossa consciência, mas se fizermos algum esforço podemos voltar as nossas essências.

Tomo como exemplo aqui o livro “O Clube do Filme”, de David Gilmour, onde um pai resolve ensinar seu filho que já estava “se perdendo”, que através do cinema, assistindo filmes e mais filmes sugeridos por ele pode-se provar para todos que o cinema nos da ensinamentos para toda a vida. Lembro esse livro pois Gente Grande, dirigido por Dannis Dugan (O Paizão, Eu os Declaro Marido e... Larry dentre outros) nos convida a refletir enquanto damos muitas rizadas de o quanto o tempo e a vida corrida de hoje nos transforma em pessoas sem compaixão, sem paciência e tolerância. Por vezes discutimos e criamos problemas de coisas tão simples que apenas pelo fato de não escutarmos o outro ou não nos colocarmos nos seus sapatos desencadeamos estresse e intrigas mais sérias ao longo dos nossos dias.

Dar um tempo. É isso que Gente Grande, escrito por Adam Sandler e Fred Wolf se atreve a nos ensinar. Mostra que nossos pais e tios quando reunidos são mesmo bobos e não tem medo de expressar isso. Mostra que o ser humano em grupo desce alguns níveis de compostura e decência e justamente por isso sobem em termos de relaxamento, conforto e por estarem nesta zona (de conforto ou literal) se sentem a vontade de confrontar suas falhas, ignorá-las e superá-las. Todo o elenco de Gente Grande é de primeira no quesito comédia. Destaque para Kevin James que mais uma vez rouba a cena com seu “timing” impecável de comédia. Basta você aguardar os primeiros segundos em que o seu personagem é apresentado para entender o que estou me referindo.

Agora o mais importante é que por vezes este estilo de comédia em meu ver é erroneamente taxada de “pastelão” e neste caso não tem como ser. É claro que comédia passa por momentos de desgraça alheia, sempre foi assim e sempre será assim. O que se vê nesta película é que por trás de tudo existe uma premissa que em nem um momento é deixada de lado. O de que com um pouco esforço em grupo se consegue reviver momentos entre “velhos” amigos, convidando os mais novos para provarem do estilo de vida passada, porém sem pressão. O que se nota normalmente nos tempos de hoje é o adulto se dirigindo aos mais novos reclamando o tempo todo de que “no meu tempo isso…” e “no meu tempo aquilo…” e não tentam compreender que não se força ninguém a viver a 20 anos atrás, não se tira da noite para o dia os confortos que a humanidade a cada ano evolui justamente ao nos prover. É com paciência dedicação e muuuuuuita criatividade. Se juntar e promover situações divertidas em grupo aos poucos vai trazendo os mais novos para participarem das tão taxadas “atividades chatas” ou “velhas”.

Sentimos que os atores todos estavam se divertindo de verdade. O elenco é genuinamente composto por grandes amigos, a prova é a participação coadjuvante de Steve Buscemi (Wiley), um dos mais talentosos e melhores atores que hollywood possui, contribui em um papel pequeno mas que nota-se a entrega de sempre e as cenas com ele valem o ingresso do cinema.

Por fim percebe-se que é um ótimo divertimento, mas sem deixar de ter um convite interessante por trás. Um convite para nos unirmos mais, seja com nossos amigos, familiares ou nossas raízes. Buscarmos escutar mais do que reclamar, compreender mais do que repreender. Este é mais um filme que nos trás SIM, Ótimos ensinamentos.

Assista ao trailer de Gente Grande (Grown Ups)

sábado, 28 de agosto de 2010

THE KARATE KID

Karate_Kid_2010Hoje assisti um dos filmes mais divertidos e agradáveis do ano. Até agora nem um outro filme havia me cativado em apresentar uma montanha-russa de emoções do começo ao fim. Nele você tem aventura, ação, drama, artes marciais, filosofia de vida e romance, em resumo: vida. Este é um filme com vida.

Karate Kid marca a melhor, se não única interpretação dramática de Jackie Chan que deu vida a Mr. Han amargurado zelador de um prédio em Pequim. Sendo este apenas um dos aspectos que nos causam gratas surpresas, Mr. Han é um personagem espetacular no filme.

Seguimos então para o protagonista Dre Parker vivido pela revelação Jaden Smith que com todos os méritos consegue carregar o seu sobrenome de maneira excelente. Por vezes crianças atuando erram o tom de suas apresentações, hora sendo exageradas horas opacas e o que se vê em Jaden são multifaces que funcionam muito em cena. Percebe-se que o garoto herdou a “manha” de se dirigir as meninas que seu pai Will Smith também apresenta em seus filmes. As cenas de drama também surpreendem pelas qualidades do garoto. O drama de morar em outro país, com outra cultura e recentemente tendo perdido o pai são ingredientes de sobra para embarcamos na jornada de Dre e sua mãe Sherry (Taraji P. Henson).

A direção de Harald Zwart merece créditos positivos, principalmente por explorar a cidade de Pequim de forma categórica. As cenas mais afastadas em montanhas também são obras de arte. Falar dos quesitos técnicos do filme é falar de algo muito bem pensado e planejado. As cenas de luta e de perseguição também são complicadas e apresentadas de forma convincente.

Karate Kid toca em vários temas atuais e delicados como bulling, recomeço de vida, problemas de comunicação entre pais e filhos, disciplina e determinação para que a superação exista.

O legal de Karate Kid é mostrar a todos que podemos passar por adversidade na vida com garra, vontade e pessoas de bom coração ao nosso redor. Pode até parecer piegas e cliché, porém a maneira cuidadosa que cada personagem foi desenvolvido ao longo do filme consegue nos cativar e é aí que a mágica do cinema acontece:

Quando nos importamos, sentimos e seguimos toda a jornada de cada personagem ao longo do filme de forma intensa é quando um filme cumpriu seu objetivo. É claro que alguns defeitos podem até serem apontados, como o fato do garoto aprender Kung-Fu e Tay-condo ao invés de Karatê, más são os ensinamentos que tomam conta da estória.

Estórias positivas e de superação passaram um tempo em hiato no cinema hollywoodiano e este remake consegue não só trazer de volta este otimismo, mas apresentar um remake quem sabe até melhor do que os originais anteriores.

Trailer

créditos: SonyPictures.

sexta-feira, 30 de abril de 2010

Alice no País das Maravilhas – Tim Burton

Alice-In-Wonderland-Theatrical-Poster Quando assistimos um filme feito por um grande cineasta, geralmente temos a idéia de que ele deu um toque especial para a estória. Neste caso presenciamos o contrário. Nunca um conto clássico esteve em tão boas mãos quanto Alice no País das Maravilhas. Se tem um cineasta que se encaixa exatamente no “estilo” deste “Conto Sem Fadas”, esse alguém é Tim Burton.
Esta versão de Alice no País das Maravilhas não nos da a clareza necessária de afirmarmos ser a melhor, muito menos a pior de todas já antes produzidas. O mesmo vale para a filmografia interessante e criativa de Tim Burton. Este está longe de ser o seu melhor, muito menos pior filme. A parceria de Burton e Johnny Depp já é conhecida por todos os 6 longas anteriores. Depp fazendo o “Chapeleiro Maluco” trás o habitual carisma e a corriqueira excentricidade que vem colecionando papeis após papeis.

domingo, 25 de abril de 2010

O Desinformante

o-desinformante-poster O filme O Desinformante, baseado no livro de Kurt Eichenwald, retrata uma estória real de um mentiroso vice presidente de uma companhia norte-americana enganando a todos que se relaciona. Does seus próprios pais ao FBI. Mark Whitacre (Damon) aborda o FBI para revelar o envolvimento de executivos da empresa em que trabalha, incluindo ele próprio, com encontros com empresas rivais sobre os ajustes dos preços de um determinado aminoácido (Lysine) utilizado na produção dos produtos de sua empresa Archer Daniels Midland. Whitacre então concorda em participar na investigação federal com a intenção de supostamente cooperar buscando informações valiosas.
Merecemos chamar a atenção para a atuação memorável de Matt Damon, que constrói uma personalidade singular em cada personagem que aborda. Damon com este papel chegou a ser indicado ao Globo de Ouro deste ano (2010) e demonstra uma carreira já bem versátil e ainda bastante promissora.

terça-feira, 13 de abril de 2010

Crítica: Bananas

bananas Retornando a filmografia do gênio Woody Allen chegamos aos anos 70 com a comédia intitulada “Bananas”. É apenas o 4º filme do nova-iorquino como roteirista, terceiro como diretor e primeiro como o Woody Allen que conhecemos. A película marca o nascer de uma série de assinaturas cinematográficas do cineasta: a primeira loira, o primeiro neurótico, as primeiras citações judaicas, a primeira sessão de psicanálise e é aqui que  finalmente presenciamos o nascimento de Woody Allen.
A escolha do título “Bananas” permanece multi-interpretável. Além da fruta a palavra tem o significado informal do adjetivo “louco”. É possível que o uso da mesma tenha sido uma proposital reverência a uma das primeiras obras dos Irmãos Marx os quais Allen mencionou ter sofrido muita influência no período de criação da película. Sempre sarcástico Woody Allen ao ser questionado sobre a razão do título ser este respondeu “…porque não tem bananas no filme”. Sabe-se que o livro Don Quixote, USA. serviu de pesquisa para ele e que o personagem principal era um agrônomo especializado em bananas.

sexta-feira, 2 de abril de 2010

Crítica: A Cor do Paraíso

cordoparaiso500 Este filme iraniano vem nos mostrar a importância dos sentidos. A cegueira nunca foi representada no cinema com tamanha sutileza. O respeito com que o diretor iraniano Majid Majidi tem com o cinema é digno de aplausos. Ele consegue estimular através da composição cinematográfica deste filme nosso tato, visão, audição através da comovente estória de Mohammad.

Saindo de uma centro de cuidados especiais para deficientes visuais Mohammad é levado pelo seu viúvo pai, Hashen. Ele leva o garoto para morar com suas irmãs e a adorável avó nos campos iranianos. O garoto nos mostra uma habilidade extraordinária em desenvolver seus sentidos. Por pouco tempo sua avó o leva a escola local, ele é um sucesso. Neste momento percebemos que não existe apenas um cego na estória. Hashen não enxerga o filho que tem e o quão especial ele é. Com medo do filho ser frustrado no futuro ele se equivoca tirando-o dali, levando-o para uma carpintaria de um cego.

Os grandes gênios do cinema, ao fazerem seus filmes, toma um cuidado especial em cada aspecto cinematográfico. Com Majid Majidi não é diferente. Ele apresenta seus personagens de forma realista, humana e com muita sensibilidade. A utilização das cores, cenários e ângulos são uma aula cinematográfica. Simplesmente impecável.

Convido você a notar a utilização da musica nesta película, o melhor, a ausência dela. Escutamos musicas de fundo em não mais do que cinco vezes ao longo de todo o filme. Fica claro a escolha do diretor em nos presentear com a sensação de escutarmos mais os sons e efeitos da natureza que cerca Mohammad, desta maneira é impressionante como conectamos os nossos sentidos aos do garoto.

“A Cor do Paraíso” é mais um daqueles filmes que podemos dizer e afirmar que o cinema é uma arte magnífica.

Ficha Técnica

Título Original: (Rang-e Khoda – Tradução literal: A Cor de Deus)

Lançamento: 8 de Fevereiro, 1999.

Produção: Mehdi Karimi, Ali Ghaem Maghami, Mehdi Mahabadi, Mohsen Sarab.

Direção: Majid Majidi.

Roteiro: Majid Majidi.

Atores: Hossein Mahjoub, Mohsen Ramezani, Salime Feizi.

País: Irã.

Língua: Persa.

Duração: 90 min.

Gênero: Drama.

Uma Cena Emocionante

Crítica: Filhos do Paraíso

childrenofheavenposterc Muitas vezes o cinema é complicado e perde a beleza da simplicidade. Muitas vezes o cinema é simplório em demasia e perde em explorar algo mais. Bem no meio desses extremos encontram-se raras películas onde aquilo que pode parecer simples nos conquista revelando sua grandeza. “Filhos do Paraíso” é um filme maravilhoso por retratar a vida complicada de duas crianças e apenas um par de sapatos.

No filme o pequeno Ali perde os sapatos de sua irmã Zahra e ambos tem medo de contar a mãe doente e ao pai, um duro trabalhador. A pobreza é retratada de maneira realista e sem estereótipos, fator pontual para a película apresentar uma estória simples e que consegue nos tocar. Ao revezarem o mesmo par de sapatos os irmãos lutam contra o tempo, pois estudam em turnos distintos e o garoto a tarde sempre chega atrasado no colégio, complicando seu aprendizado. As complicações que eles enfrentam contribuem para dar uma emoção a mais na trama.

O companheirismo apresentado por esses belos irmãos deveria servir de exemplo para muitas famílias que brigam por besteira. Pode soar piegas, mas as crianças de “Filhos do Paraíso” nos ensinam muitas coisas.

O renomado diretor iraniano Majid Majidi conduz a trama de forma muito bem dosada. As escolhas de ângulos são cuidadosos e criam cenas belíssimas como a corrida do jovem Ali em busca do terceiro lugar e os peixes sarando seus pés calejados. É pura poesia em cena. “Filhos do Paraíso" é o melhor do cinema iraniano. Vale lembrar que a película foi indicada ao OSCAR de 1999 na categoria melhor filme estrangeiro e concorreu com “Central do Brasil” e o vencedor “A Vida É Bela”.

Ficha Técnica

Título Original: (Bacheha-Ye aseman)

Lançamento: Agosto, 1997.

Produção: Amir Esfandiari, Mohammad Esfandiari.

Direção: Majid Majidi.

Roteiro: Majid Majidi.

Atores: Amir Farrokh Hashemian,Bahare Seddiqi.

País: Irã.

Língua: Persa.

Duração: 89 min.

Gênero: Drama, Aventura.

Cena

Crítica: Encantadora de Baleias

encantadora_poster_escuro Este filme retrata uma cultura como deveria ser sempre feito no cinema: com respeito. Apresenta a nós uma estória tocante, emocionante e qualquer acréscimo de adjetivos a mais pode parecer exagero. Em “Encantadora de Baleiras” somos convidados a visitarmos um lugar onde a cultura e suas essências são mantidas e cultivadas e ao acompanharmos a estória somos instigados a questionar o que fazemos com a nossa.

A película é sobre a jovem Paika, uma garota que nasceu em uma comunidade indígena na Nova Zelândia e logo sofre para ser aceita. A questão é que seu avô, tido como um mestre importante para a pequena cidade, esperava que nascesse um garoto e assim seguir a tradição masculina de líderes. As tradições da “aldeia” são regidas pela mitologia de que o chefe é aquele que tem a habilidade de se comunicar com as baleias. Paika é teimosa e não aceita ser renegada pelo avô e sempre é frustrada cada vez que tenta aprender os costumes.

O cuidado da diretora Niki Caro em apresentar uma cultura especial é tão bom que somos levados a acreditar e entender as razões que regem a vida de cada personagem. Muito bem ambientada, as locações são reais, os figurantes são nativos e os efeitos visuais em torno das cenas com as baleias são memoravelmente naturais. Com todos os ingredientes técnicos no lugar ainda temos a oportunidade de ouvir ao longo de todo o filme trilhas compostas pela renomada Lisa Gerrard (“O Talentoso Ripley” e Rei Arthur).

A protagonista Keisha Castle-Hughes foi um achado da diretora de casting Diana Rowan. A garota estava em seu primeiro trabalho e já apresentava um futuro extraordinário mostrando uma ótima maturidade em cena. O papel lhe rendeu uma indicação a melhor atriz no Oscar de 2004.

Com vários elementos técnicos essências no lugar “Encantadora de Baleias” se transforma em uma poesia simples e nos convida a revisitarmos as origens de nossas culturas, cultivá-las e questionar como as estamos passando para nossas crianças hoje.

Ficha Técnica

Título Original: (Whale Rider)

Lançamento: 30 de Janeiro, 2003.

Produção: John Barnett, Frank Hübner, Tim Sanders.

Direção: Niki Caro.

Roteiro: Niki Caro, Witi Ihimaera (Livro).

Atores: Keisha Castle-Hughes, Rawiri Paratene, Vicky Haughton, Cliff Curtis.

País: Nova Zelândia.

Língua: Inglês, Māori.

Duração: 101 min.

Gênero: Drama.

Trailer

segunda-feira, 29 de março de 2010

Crítica: O Enigma de Kaspar Hauser

Jeder fur sich und Gott gegen Alle (1974) Para quem está acostumado com o cinema visto pela ótica hollywoodiana cria alguns preconceitos bobos referentes a 7ª arte. São filmes como estes que nós temos um exemplo claro do porque do cinema ter sido nomeado uma arte. Um dos maiores cineastas alemães, Werner Herzog, nos presenteia com uma obra feita em 1974 e que se mostra ainda muito atual. É poesia visual e instigativa.

O filme é baseado na estória real de Kaspar Hauser, sujeito criado acorrentado como bicho até os seus 17 anos, sendo alimentado somente  de pão e água ele é solto no meio da pequena cidade de Nuremberg em 1828. Dalí em diante somos levados a muitas reflexões e relações com a sociedade em que somos criados, pois Kaspar Hauser é ensinado do zero todos os valores que nós julgamos “certos” ou “normais” os quais o ser humano deveria ter.

O diretor Werner Herzog apresenta a todos um verdadeiro achado: o ator principal Bruno Schleinstein. Encontrado em um documentário intitulado “Bruno der Schwarze - Es blies ein Jäger wohl in sein Horn“ (1970) e devido ao seu problema mental real pode, apesar de dar muito trabalho nos sets, entregar um realismo ao papel que é fundamental para as pretensões narrativas.

Quando o personagem é confrontado pelos dogmas e ideais pragmáticas da sociedade que é criado ele contesta de forma surpreendente e supostamente ingênua. Sabemos que por traz de um personagem existe um criador, mesmo sendo baseado em fatos verídicos, fica inevitável não existir uma boa dose particular das intenções dele em transmitir suas idéias por meio de suas crias. O nível de esperteza e perspicácia que Kasper Hauser desenvolve vem do grupo de pensamentos mais básicos da humanidade e que muitas vezes se perdem no meio de tudo aquilo que se julga lógico.

A jornada de um ser humano cru em direção ao corrompimento sócio-psíquico causado pela sociedade que lhe educa é o elemento narrativo que mais nos chama a atenção ao longo de todo o filme. “O Enigma de Kaspar Hauser” nos causa um estalo de consciência para entendermos que questionar é peça importante em nossa vida para que assim possamos correlacionar um filme feito em 1974 - sobre uma estória de 1828 - com o ano em que estamos: 2010. Alguém ainda tem dúvida de que certas obras cinematográficas podem ser vistas eternamente que ainda terão um valor de correlação fantástico?

Ficha Técnica

Título Original: (Jeder für sich und Gott gegen alle – Tradução: Cada um por si e Deus contra todos).

Lançamento: 1 de Novembro, 1974.

Produção: Werner Herzog.

Direção: Werner Herzog.

Roteiro: Werner Herzog.

Atores: Bruno S., Walter Ladengast.

País: Alemanha Ocidental.

Língua: Alemão.

Duração: 110 min.

Gênero: Drama.

Cena

domingo, 28 de março de 2010

Crítica: Código de Conduta

29c2aa-postagem-codigo-de-conduta Filmes inteligentes são raros ultimamente. Código de Conduta é desses que lhe instiga o raciocínio constante, não te dá sono e nem agonia em excesso. Ele mexe com um lado da mente onde se calcula mais, pensa mais. O roteiro é muito bem bolado, de forma a escancarar e criticar o sistema legal dos Estados Unidos. É inevitável associar filmes desse gênero com alguns casos famosos na vida real. Já que acabamos de deixar Isabela Nardoni descansar em paz é interessante sempre ver como vários casos legais podem ter pano para manga, ou seja, virarem um filme.

Esta é a estória de Clyde Shelton (Gerard Butler – na sua melhor atuação no cinema até agora) um homem inteligente e calculista que após presenciar a morte de sua mulher e filha decide fazer justiça com as próprias mãos. Imagina-se de cara que é apenas mais um filme com o tema vingança.Isso é o que no princípio o roteiro nos leva a pensar. Logo no desenrolar dos fatos é que percebemos que estamos diante de um Advogado (Jamie Foxx), responsável por libertar os criminosos, tentando alcançar o nível de calculismo que Clyde apresenta de dentro da prisão. Começa então um jogo mental de gato e rato difícil de manter a originalidade no cinema, porém neste caso conseguiu nos apresentar uma trama muito bem escrita.

A direção é de F.Gary Gray, jovem diretor que saiu de do mundo dos vídeo clips para apareceu dirigindo um elenco de primeira em “Uma Saída de Mestre”. O diretor não inova nas questões técnicas, apresentando uma fotografia e tomadas urbanas que se não chamam a atenção positivamente também não atrapalham a trama. Trama esta escrita pelo mais experiente Kurt Wimmer que dentre outros trabalhos escreveu “Thomas Crown – A Arte do Crime” e “Os Reis da Rua”. Ele da consistência séria e é o responsável principal do filme atingir um nível plausível de realismo.

O filme Código de Conduta é controverso; ele questiona os nossos valores morais e legais. Ele tenta nos inebriar com a sede de justiça apresentada pelo personagem de Gerard Butler durante toda a película. Talvez o filme peque por nos levar a um nível de esperança de 100 à 0 ao longo de todo o filme apenas para chegarmos a um realismo inevitável contido no final. Mesmo não apresentando nada de novo nos quesitos técnicos, é na rara originalidade do enredo que o filme se estabelece. Ainda que de forma parcial em seus questionamentos trás um raciocínio para a vida que construímos no mundo real.

Ficha Técnica

Título Original: (Law Abiding Citizen)

Lançamento: 16 de Outubro, 2009.

Produção: Gerard Butler, Kurt Wimmer, Mark Gill, Lucas Foster, Alan Siegel.

Direção: F. Gary Gray.

Roteiro: Kurt Wimmer.

Atores: Gerard Butler, Jamie Foxx, Leslie Bibb, Colm Meaney, Viola Davis, Bruce McGill.

País: Estados Unidos.

Língua: Inglês.

Duração: 108 min.

Gênero: Crime, Drama, Policial, Suspense.

Trailer

sábado, 27 de março de 2010

Crítica: Que Fiz para Merecer Isto?

Qu-he-hecho-yo-para-merecer-esto Falar do cinema de Pedro Almodóvar é sempre muito prazeroso. A carreira do cineasta espanhol coleciona exatos 31 filmes, todos especiais. “Que Fiz para Merecer Isto?” pode-se dizer que é simplório e cru como o cinema de Almodóvar consiste. Provocador como sempre o diretor procura transmitir em suas películas uma riqueza de detalhes construída ao redor de seus personagens.

Talvez Almodóvar seja o cineasta que, ao longo dos anos, mais trabalhou seus filmes em prol do realismo e desenvolvimento da personalidade de seus personagens. Neste filme ele não inventa. É direto e objetivo nos quesitos técnicos como a estória pedia que fosse. Saber mexer com as emoções como uma montanha russa não é tarefa fácil no cinema. Almodóvar consegue sair de uma cena dramática a um cinismo em forma de diálogos cômicos de maneira delicada e sutil.

Em “Que Fiz para Merecer Isto?” vemos Glória, uma dona de casa humilde lutando para agüentar os afazeres domésticos. Vemos como uma família pode desmoronar-se em pouco tempo. Sempre que lemos as sinopses dos filmes de Almodóvar vemos o quanto a estória é simples, porém quando vimos os filmes é que nos surpreendemos com capacidade do diretor de dar vida aos personagens de suas tramas. Seja pelo assassinato, pelo lagarto chamado “Dinheiro”, ou pelos personagens em si, assista “Que Fiz para Merecer Isto?” e você terá uma amostra de autenticidade no cinema simples (no melhor sentido da palavras) de Pedro Almodóvar.

Ficha Técnica

Título Original: (¿Qué he hecho yo para merecer esto?)

Lançamento: 25 de Outubro, 1984.

Produção: Hervé Hachuel

Direção: Pedro Almodóvar.

Roteiro: Pedro Almodóvar.

Atores: Carmen Maura, Chus Lampreave, Ángel de Andrés López, Verónica Forqué, Kiti Manver, Francisca Caballero.

País: Espanha.

Língua: Espanhol, Alemão, Francês e Inglês.

Duração: 101 min.

Gênero: Comédia, Drama.

Cenas

sexta-feira, 26 de março de 2010

Crítica: Um Assaltante Bem Trapalhão

take the money and run No terceiro filme do gênio vivo dos cinemas Woody Allen revemos desde o princípio uma carreira marcada por uma evolução cinematográfica atrás da outra.
Em “ Um Assaltante Bem Trapalhão” Allen trabalha pela primeira vez na trinca de funções que tanto marcaram sua carreira: Direção, Roteiro e Atuação. É o primeiro filme em que começamos a ver alguns indícios de esperteza e originalidade na maioria das cenas.
Virgil Starkwell (Woody Allen) é um verdadeiro criminoso incompetente que desde a infância coleciona tentativas desastrosas de roubos, assassinatos e fugas mal sucedidas de prisões. Apesar da comédia ser inconstante ao longo de todo o filme já dá para termos várias cenas bem imaginadas e com uma assinatura comedida ainda de Woody Allen.

quinta-feira, 25 de março de 2010

Crítica: Os Brutos Também Amam

45 SHANE (1953) Em “Os Brutos Também Amam” o gênero Western nunca esteve tão poético. A idéia de que estes filmes eram machistas e até violentos se quebrou depois que o cowboy Shane apareceu em uma pequena cidade do interior americano. Shane buscava redenção. Ele procurava uma vida melhor para recomeçar e encontrou na família do colono humilde tudo aquilo que gostaria de ter um dia: uma bela esposa, uma terra aparentemente tranqüila e um filho doce e gentil. A fotografia que explora desde cenários externos reais se mistura de maneira discreta com os de estúdio nos transportando com realismo para o mundo do Western, não atoa o Oscar para melhor fotografia em 1953 ficou em boas mãos. Loyal Griggs tratou de apresentar uma película cuidadosa no quesito visual.

Dia 09

Hoje foi um dia mais relaxado. Com o conteúdo concluído seguimos com a prática, lendo as críticas de alguns dos nossos colegas(eu me incluo) que por sinal acrescentaram em vários sentidos.
A possibilidade de ouvirmos críticas distintas sobre o mesmo filme, em um mesmo local foi uma experiência bem interessante. Todos estando na mesma “página”, porém dando o seu toque especial e particular. O olhar crítico ficou claro e evidente, assim cada texto lido sobre o filme “Os Brutos Também Amam” serviu para aprendermos com o ponto de vista alheio.
Alguns textos procuraram contar mais a estória do filme, outros instigaram o leitor a procurá-lo. Alguns textos vieram quase que de forma poética, com construções e palavras muito bem postas, outros já tiveram um “tom” mais técnico, explorando bastante os aspectos cinematográficos. Alguns fizeram referências e relações com outros filmes de forma ousada e precisa.

Hoje também visitamos blogs e sites de alguns críticos também para compararmos e abrirmos mais a “cabeça” e assim atentarmos para o fato de que um bom crítico deve ler sempre vários outros críticos, assim começar a identificar elementos de argumentação, técnica textual e ideologia. Um mero exercício de passarmos sobre algumas críticas já nos serviu de estímulo.
Termino o penúltimo diário (já com saudades do curso) com uma reflexão simples, direta e importante:
100_3444“Nem sempre você lê a crítica para criticar, na verdade você nem deve fazer isso. Criticar a crítica é ser autoritário de mais. Hoje vamos ler aqui as críticas que vocês produsiram e fiquem tranquilos, pois não tem para que fazer uma crítica sobre as críticas.”
Marco Antônio Moreira.

Dia 08

Hoje foi o primeiro dia em que nós do curso apenas assistimos a um filme com o propósito posterior de debater a respeito dos aspectos técnicos e gerais da película. Além do debate ficou definido também a idéia de criarmos em casa uma crítica escrita do filme. No nono dia, antes da exibição da próxima película leremos em classe algumas críticas.
O filme escolhido foi “Os Brutos Também Amam” de 1953.
Crítica:

terça-feira, 23 de março de 2010

Crítica: What’s Up, Tiger Lily?

What's_Up,_Tiger_Lily- Este não pode ser considerado o primeiro filme de Woody Allen, é a primeira coisa que pensamos ao assistir “What’s Up, Tiger Lily?”. O filme na realidade não é dele e sim uma produção japonesa barata que ele adquiriu os direitos, dublou junto com alguns colegas alterando toda a idéia, transformando o filme em uma versão cômica.
O que se percebe de cara é que uma coisa tem “cheiro” de Woody Allen: a genialidade de perceber que dublar um filme estrangeiro pode se transformar em uma comédia pastelão. A verdade é que pode-se dizer que este é o filme mais cara-de-pau que Woody Allen pudesse fazer em toda a sua extensa carreira.

Dia 07

Hoje foi dia de muita exibição de cenas, um dos temas mais importantes chegou: O Papel do Crítico de Cinema.
No início tivemos a exibição do musical “Amor, Sublime Amor” para exemplificar mais uma vez o quanto é importante um diretor ter o domínio de todos os recursos técnicos de cinematografia.amor
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Após a exibição do início do musical, relembramos alguns filmes do finado aniversariante do dia; o lendário diretor Akira Kurosawa o qual hoje completaria 100 anos.

Crítica: Paisagem na Neblina

Landscape_in_the_mist Este é um daqueles filmes que assistimos como se estivéssemos em frente a uma obra de arte. O uso dos elementos cinematográficos de forma cuidadosa tem a proposta de nos emocionar com a estória.
Um casal de irmãos ainda pequenos fogem de casa em busca de seu desconhecido pai. A mãe deles sempre disse que ele estava na Alemanha. Eles pegam trens de forma ilegal e passam por momentos que os transformarão de maneira definitiva para a vida. É um filme sobre a perda da inocência, mas que é retratado de maneira poética e respeitosa com os elementos do cinema. O diretor do filme é Theo Angelopoulos, sem dúvida o maior diretor grego de todos os tempos.

segunda-feira, 22 de março de 2010

Dia 06

Hoje iniciamos o dia 06 concluindo o que se começou na aula anterior; a utilização da linguagem cinematográfica a serviço do diretor.
Para exemplificara utilização do som como elemento de complemento a uma cena assistimos de cara a abertura de “2001, Uma Odisséia no Espaço”, filme de Stanley Kubrick, de 1968. A trilha sonora a serviço da imagem é o casamento ideal para aguçar um determinado sentimento no espectador e isso somente os gênios do cinema conseguiram fazer com exatidão.

Dia 05

No quinto dia do Curso Crítica Cinematográfica tivemos a oportunidade de conhecer um pouco mais sobre as diferentes técnicas de cinematografia. São estes os recursos a disposição de um diretor para executar um filme que até então só encontra-se no papel. A foto no post é do filme “Jesus Cristo Superstar” um musica que nos foi apresentado na finalidade de exemplificar inúmeras utilizações de ângulos e técnicas cinematográficas. Abaixo também podemos conferir a lista do que nos foi apresentado no dia:
JESUS_superstar_070405_ssh

Linguagem Cinematográfica

Campo:

Compreende tudo que está presente na imagem: cenários, personagens, acessórios.

Extra-Campo:

Remete ao que, embora perfeitamente presente não se vê. É o que não se encontra presente na tela, mas que complementa aquilo que vemos. Designa o que existe olhando ao lado, ou em volta do que está enquadrado.

Outros elementos técnicos são:

Plano Plongée Fusão Fusões
Contra-Plano Contra-Plongée Fade Som
Planos: Inclinado Cortina  
Plano Geral. Movimentos de Câmera: Montagem Paralela:  
Americano Panorâmica A Iluminação  
Plano seqüência Travelling O Vestuário  
Close Zoom O Cenário  
Plano Detalhe. Montagem: A Cor  
Ângulos: Corte Seco Atores  

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Reflexões


“ A forma é uma ferramenta para se chegar em algum lugar.”
“Analisar a obra pelo que ela é e não pelo que gostaríamos que fosse.”
“Eu não gosto da palavra “Ritmo” no cinema.”
“A pressa é a inimiga da perfeição - essa frase funciona muito no cinema.”
“O sangue no cinema significa a morte ou a vida.”
Marco Antônio Moreira
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Referências

Filmes

“The Seafarers” – Stanley Kubrick “Ben-Hur”
“A Época da Inocência” “Alexandre Nevski”
“O Arca Russa” “O Gabinete do Dr. Caligari”
“Festim Diabólico” “Nosferatu”
“Paisagem da Neblina” “Dogville”
“A Marca da Maldade” “Gritos e Sussurros”
“A Paixão de Joana D’arc” “O Selvagem da Motocicleta”
“À Prova de Morte” “O Iluminado” Stanley Kubrick
“Amor sem Escalas” “O Exorcista”
“Nascido para Matar” “Derzu Uzala”
“Trágica Obsessão” “A Fita Branca”
“Hair” “Código de Conduta”
“A Ilha do Medo” “Jesus Cristo Superstar”
“O Fantasma do Paraiso” “Laranja Mecânica” Stanley Kubrick
“Barry Lyndon” – Stanley Kubrick “Taxi Drive”

Diretores

Stanley Kubrick         Alfred Hitchcock
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Crítica: O que é que há, Gatinha?

whats_new_pussycat_ver2 Nos últimos dias tenho tido a oportunidade de ter em mãos a filmografia de Woody Allen e olha que são muitos filmes! Com uma gama de películas tão variadas e com tanta quantidade em mãos resolvi assistir a todas desde o princípio, nos anos 60.
Começando então este especial Woody Allen temos o filme “O que que há, Gatinha?”. Esta produção de 1965 foi o primeiro trabalho de Woody Allen como roteirista e ator. A comédia é peculiar, pois mistura uma atuação exagerada e meio pastelão com um roteiro contendo ótimos diálogos. O que se percebe é que com 31 anos Woody Allen já mostrava um certo cinismo em suas estórias. Como ator ele ainda deixa a desejar, porém sendo apenas o começo de uma carreira polivalente.

sábado, 20 de março de 2010

Crítica: O Iluminado

The ShiningPOSTER Esta obra prima de Stephen King, adaptado de maneira exuberante por Stanley Kubrick retrata a essência do que é um bom filme de terror. A idéia de jogar com o medo do espectador funciona de maneira pontual com a horripilante trilha sonora que da ao filme um sentido original.
Alguns cineastas são tão bons que conseguem transmitir em seus filmes uma sensação de estarmos nas cenas e é isso que Kubrick consegue de forma brilhante. Os seus ângulos peculiares, agoniantes e claustrofóbicos dão ao filme sua assinatura marcante. São tomadas internas/abertas que dão um senso total de estarmos “espiando” as ações.

sexta-feira, 19 de março de 2010

Dia 04

  • História do Cinema : o cinema desde sua criação até sua evolução em termos de técnica e produção. Continuação teórica:
A Deusa de Joba_1 No início da aula de hoje vimos brevemente o seriado “Deusa de Jová”, através dele constatamos o quanto os seriados também influenciaram cineastas mais para frente na história do cinema.

“As fusões de cena à cena serviriam de inspiração para George Lucas e Steven Spielberg mais tarde.”
No quarto dia de curso continuamos a tratar de forma individual os diferentes movimentos e estilos da história cinematográfica:
Para começarmos a falar do movimento brasileiro Marco Antônio nos mostrou trechos de dois filmes de Glauber Rocha, um dos responsáveis pela bandeira do cinema novo brasileiro.
Exemplos de filmes:
Exemplos de Diretores:

Este movimento marcou a época de 1920 a 1950 e trazia vários exemplos de filmes que serviram de inspiração para muitos cineastas, mostrando que no cinema, nem sempre apenas as questões técnicas imperam.
“Os filmes B só conseguiram imperar por algumas décadas, depois o público foi ficando exigente de mais.”
Exemplos de filmes:

Este movimento baseava-se em não retratar o mundo mas sim transformar o mundo.
Exemplo de filme:
Exemplo de Diretor: Luis Buñuel em 1929.
“A falta de lógica é a lógica.”

Referências

Filmes:

Livros:

“Como a geração do sexo, drogas e rock’n roll salvaram Hollywood.”

quarta-feira, 17 de março de 2010

Dia 03

  • História do Cinema : o cinema desde sua criação até sua evolução em termos de técnica e produção. Continuação teórica:
No terceiro dia do curso de crítica cinematográfica iniciamos com partes do filme “Os Santos Justiceiros”, a obra polêmica de Troy Duffy nos ensina muito da relação da idéia do filme com a execução do diretor. Este é um filme que pode-se notar não tem como principal objetivo ser politicamente correto, longe disso.
Boondock-SaintsOs filmes provocadores tem uma importância para a história cinematográfica. Sempre levantando alguma questão polêmica, as vezes estes filmes nos leva a debates o que sempre contribui e enriquece nossa visão crítica.

“Quem analisa filmes sempre tem que buscar descobrir qual foi a relação do roteiro com o diretor.”
Continuando a sessão Movimentos e Estilos Cinematográficos conhecemos mais características e exemplos de filmes que contribuíram para marcar seu determinado momento:
Este movimento teve como característica a câmera na mão e closes diferentes e que fugiam do padrão cinematográfico de quando surgiram. A narrativa não costumava ser linear. A proposta é a desconstrução dos padrões narrativos do cinema. Alguns diretores se destacaram por levantar a bandeira da Nouvelle Vague, são eles:
Jean-Luc Godard          François Truffaut         Claude Chabrol
Alguns exemplos de filmes do movimento são:
“Estes filmes eram tidos como “chatos” pelo grande público.”
No filme “Week-end à Francesa” percebemos claramente a utilização da musica de forma diferente, peculiar. Os movimentos da câmera são utilizados de forma extranha. Os personagens viravam-se para a câmera e interagiam com o espectador.
“Uma característica de Jean-Luc Godard é priorizar as vezes por longas cenas de diálogos, em contrapostas outras tão extensas quanto só que sem diálogo algum, explorando os símbolos e signos.”
“Hoje em dia poucas pessoas tem paciência, precisamos buscar compreender os signos e símbolos por trás das aparências, saber o que o diretor quer comunicar.”
O diretor que melhor demonstrou em seus filmes este movimento foi Serguei M. Eisenstein
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Reflexões

“ A palavra chave é Curiosidade.”
“As vezes nós assistimos os filmes fazendo as perguntas erradas.”
“Hoje nós(Brasil) deveríamos estar registrando mais a nossa história através do cinema.”
Marco Antônio Moreira.
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Referências

Livro:

Eisenstein e o Construtivismo de François Albera.

Diretores:

Filmes:

Hoje o final do 3º Dia ficou marcado pela “bronca” que o crítico Marco Antônio deu a todos os presentes que não assistem filmes brasileiros. Precisamos assistir mais filmes brasileiros, pois assim como assistimos aos filmes ruins de fora não temos porque não assistirmos os brasileiros.
“Existem muitas coisas ruins sendo produzidas aqui, assim como fora, mas também existem muitos filmes excelentes que vocês não podem perder a oportunidade de assistí-los, apenas por preconceitos.”
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terça-feira, 16 de março de 2010

Dia 02


  • História do Cinema : o cinema desde sua criação até sua evolução em termos de técnica e produção. Continuação teórica:
Hoje no segundo dia começamos mais relaxados, compreendendo melhor a premissa do curso todos foram mais participativos.
Como havíamos comentado a respeito do filme “Sonhos” de Akira Kurosawa, Marco Antônio achou oportuno “esquentarmos” o início do segundo dia com a apresentação do mesmo. Ainda que de maneira breve tivemos a oportunidade de observar o quanto a fotografia do filme, quando a serviço da história, consegue ser ao mesmo tempo bela e complexa. Confira na foto abaixo que a fotografia de “Sonhos” é tão linda quanto um quadro bem pintado:
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Logo de cara o crítico Marco Antônio nos jogou a seguinte pergunta para provocar um raciocínio técnico:
“Hoje as grandes cenas dos filmes são apresentadas a serviço do que?”

Prévia: Tetro – Francis Ford Coppola

tetro Previsto para apenas 7 de Maio no Brasil, “Tetro” é a última película do diretor Francis Ford Coppola e foi produsida na Argentina, Itália e Espanha. A história parte da frase “Toda a família tem um segredo” e conta a estória de Bennie que viaja até Buenos Aires em busca de seu desaparecido irmão mais velho. As descobertas de Bennie serão fundamentais para o entendimento de seu passado.
O diretor F.F. Coppola não faz um ótimo filme a muito tempo. Teve sua carreira marcada pela trilogia de O Poderoso Chefão, Drácula de Bram Stoker e também por passar longos períodos sem dirigir. Assistindo aos primeiros 3 minutos de “Tetro” no site oficial, pude constatar que em termos técnicos o filme tem tudo para ser impecável. Tomara que a estória seja bem desenvolvida. A fotografia e os ângulos de câmera estão excepcionais e o estilo noir de uma Buenos Aires é a cereja no bolo.

segunda-feira, 15 de março de 2010

Dia 01

  • História do Cinema : o cinema desde sua criação até sua evolução em termos de técnica e produção.
100_3444 No primeiro dia tivemos a oportunidade de nos conhecermos e conhecermos melhor o crítico Marco Antônio Moreira e sua área de atuação, assim pudemos sentir mais confiança de que o curso valeria o investimento. E como valeu!
A primeira impressão a palavra "Crítico” é incomoda e foi justamente essa a premissa do primeiro dia, quebrar essa idéia de que o crítico é um chato e nada mais. Além de nos estimular a pensar melhor a respeito do papel do crítico cinematográfico na sociedade Marco Antônio nos deu uma introdução sobre a história do cinema desde sua origem até mais ou menos os anos 30.
Ainda que breve,  foi uma viagem no tempo riquíssima de informações. Muitas delas nós já sabíamos, porém outras tantas não tínhamos consciência e a linearidade necessária para então sentirmos a importância de uma análise completa da 7ª arte, foi tudo muito válido.

sábado, 13 de março de 2010

Oscar 2010

Assisti a premiação do Oscar 2010 e fiquei surpreso por Guerra ao Terror ter ganho o melhor filme e melhor direção. Esse ano achei a maior premiação do cinema americano "temático" novamente. Cada ano agora deram para premiar um "tipo". Tivemos o ano dos negros, o ano do resto do mundo (2009) e esse ano foi o ano "Vamos derrubar Avatar".

Confira a lista dos vencedores e seus concorrentes divididos pelas categorias: