Hoje assisti um dos filmes mais divertidos e agradáveis do ano. Até agora nem um outro filme havia me cativado em apresentar uma montanha-russa de emoções do começo ao fim. Nele você tem aventura, ação, drama, artes marciais, filosofia de vida e romance, em resumo: vida. Este é um filme com vida.
Karate Kid marca a melhor, se não única interpretação dramática de Jackie Chan que deu vida a Mr. Han amargurado zelador de um prédio em Pequim. Sendo este apenas um dos aspectos que nos causam gratas surpresas, Mr. Han é um personagem espetacular no filme.
Seguimos então para o protagonista Dre Parker vivido pela revelação Jaden Smith que com todos os méritos consegue carregar o seu sobrenome de maneira excelente. Por vezes crianças atuando erram o tom de suas apresentações, hora sendo exageradas horas opacas e o que se vê em Jaden são multifaces que funcionam muito em cena. Percebe-se que o garoto herdou a “manha” de se dirigir as meninas que seu pai Will Smith também apresenta em seus filmes. As cenas de drama também surpreendem pelas qualidades do garoto. O drama de morar em outro país, com outra cultura e recentemente tendo perdido o pai são ingredientes de sobra para embarcamos na jornada de Dre e sua mãe Sherry (Taraji P. Henson).
A direção de Harald Zwart merece créditos positivos, principalmente por explorar a cidade de Pequim de forma categórica. As cenas mais afastadas em montanhas também são obras de arte. Falar dos quesitos técnicos do filme é falar de algo muito bem pensado e planejado. As cenas de luta e de perseguição também são complicadas e apresentadas de forma convincente.
Karate Kid toca em vários temas atuais e delicados como bulling, recomeço de vida, problemas de comunicação entre pais e filhos, disciplina e determinação para que a superação exista.
O legal de Karate Kid é mostrar a todos que podemos passar por adversidade na vida com garra, vontade e pessoas de bom coração ao nosso redor. Pode até parecer piegas e cliché, porém a maneira cuidadosa que cada personagem foi desenvolvido ao longo do filme consegue nos cativar e é aí que a mágica do cinema acontece:
Quando nos importamos, sentimos e seguimos toda a jornada de cada personagem ao longo do filme de forma intensa é quando um filme cumpriu seu objetivo. É claro que alguns defeitos podem até serem apontados, como o fato do garoto aprender Kung-Fu e Tay-condo ao invés de Karatê, más são os ensinamentos que tomam conta da estória.
Estórias positivas e de superação passaram um tempo em hiato no cinema hollywoodiano e este remake consegue não só trazer de volta este otimismo, mas apresentar um remake quem sabe até melhor do que os originais anteriores.
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